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João José Leal 4l5926

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Colônia Brusque: felizmente, o abandono do projeto agrícola 5j5p4f

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Colônia Brusque: felizmente, o abandono do projeto agrícola 5j5p4f

João José Leal

Quando falamos da Colônia Brusque, devemos lembrar que ela foi criada com o objetivo de povoar e cultivar as terras da região do vale do Itajaí-Mirim, por imigrantes alemães. Destinada a ser um núcleo de produção agrícola, suas terras foram divididas em lotes coloniais e doados aos agricultores vindos de regiões de uma Alemanha ainda não unificada num só Estado.

E assim, desde a sua fundação, em 4 de agosto de 1860, a preocupação maior dos seus colonos foi a derrubada da mata para lançar à terra as sementes que haveriam de produzir o alimento para o sustento da família.

No entanto, foi preciso esperar o ciclo natural até que os primeiros frutos do trabalho duro de calejar mãos fossem colhidos e levados à rústica mesa de famílias que, até então, só tinham conhecido doença, sacrifício, escassez e saudades da terra natal. Alguns produtos agrícolas puderam ser colhidos já no primeiro ano. Mas, apenas para o gasto da casa. Tanto que, no relatório do ano de 1862, o Barão de Schnéeburg registrou que parte dos produtos alimentícios como farinha de milho e de mandioca, açúcar e até cachaça vendidos nas “cinco casas de negócio da sede” ainda era importada de outras cidades.

Naquele ano, só o fumo era produzido em grande quantidade para exportação. Escreveu o Diretor que, “por ora, a exportação consiste apenas de tabaco”, cuja produção tinha atingido mais de 100 arrobas. Mais importante ainda era a fabricação de alguns “milheiros de charutos”, sem contar o “consumo local, assaz considerável”. Schnéeburg refere-se, também, às colheitas sem especificar se só de tabaco ou de outros produtos, que estavam por começar e que deveriam aumentar o volume das exportações coloniais.

Mais tarde, Schnéeburg informou que a produção de fumo havia se tornado uma atividade tão importante para a economia colonial, que os charutos aqui produzidos rivalizavam com os da Bahia, então conhecidos e famosos em todo o país. Quando cheguei a Brusque, no começo dos anos 1970, aqui ainda se plantava fumo, mas a produção foi diminuindo gradativamente e hoje se concentra, sem a mesma importância econômica, nos vizinhos municípios de Botuverá e Vidal Ramos.

Além do fumo, nenhum outro produto agropecuário se destacou, em termos de produção para exportação, numa escala capaz de sustentar a prosperidade de Brusque e de sua população. Na verdade, seja pelo relevo acidentado, seja pela divisão das terras em pequenas propriedades, a atividade agrícola brusquense sempre se restringiu a uma agricultura de subsistência, produzindo apenas para o consumo doméstico.

Se o projeto imperial que criou a Colônia Brusque tinha por fim implantar uma agricultura em larga escala em nossa região, foi um equívoco e, com certeza, condenaria nossa cidade à pobreza econômica. Felizmente, pouco mais de 20 anos depois da fundação, surgiram as primeiras indústrias para tecer os fios da prosperidade e do bem-estar social da comunidade em que vivemos.

 

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